[Estudo Bíblico] Tempos Trabalhosos para a Igreja

LEITURA BÍBLICA

l Timóteo 4

1 – Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvi­dos a espíritos enganadores e a dou­trinas de demônios,

2 – pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,

3 – proibindo o casamento e ordenan­do a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usa­rem deles com ações de graças;

4 – porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sen­do recebido com ações de graças.

2 Timóteo 3

  1 – Sabe, porém, isto: que nos úl­timos dias sobrevirão tempos tra­balhosos;

  2 – porque haverá homens aman­tes de si mesmos, avarentos, pre­sunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingra­tos, profanos.

INTRODUÇÃO

Como podemos depreender do texto sagrado, Deus sempre alertou o seu povo quanto aos perigos que nos rondam (Mt 10.16; Jo 16.33; Lc 21.16). A mensagem que Paulo es­creveu em sua primeira carta a Timóteo, base do presente estudo, tra­ta das dificuldades pelas quais a Igreja haveria de passar em seus primórdios e, ao mesmo tempo, projeta-se para os tempos que antece­deriam o retorno de Cristo.

I – CARACTERÍSTICAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS (l Tm 4.1-5)

1. Apostasia.

“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos engana­dores e a doutrinas de demônios” (l Tm 4. l). A apostasia constituirá no abandono premeditado e consciente da fé cristã. Isso é uma característica marcante dos últimos tem­pos, conforme alerta-nos Paulo.

a) Apostasia na igreja.

De acor­do com a Bíblia de Estudo Pentecostal, há dois tipos de apostasia: a teológica e a moral. Na primeira, obser­vam-se desvios doutrinários. Na se­gunda, comportamentos contrários à santidade requerida por Deus em sua Palavra (Hb 12.14; l Pe 1.1 5,16).

A Igreja tem testemunhado mui­tos casos de apostasia entre os san­tos. À medida que se aproxima a vin­da de Jesus, o número de apóstatas aumenta preocupantemente. O evan­gelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1 .29), de renunci­ar ao pecado (Rm 8.1 3), de sacrificar-se pelo Reino de Deus e de renunciar a si mesmo, vem sofrendo constan­tes e impiedosos ataques (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). A Bíblia afirma que, nos dias que antecedem a manifesta­ção do Anticristo, ocorrerá uma gran­de onda de apostasias (2 Ts 2.3,4). É hora de redobrar a vigilância.

b) A desvalorização da Bíblia.

Inspirados em teologias liberais, há crentes que não mais vêem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalí­vel Palavra de Deus – nossa única regra de fé e prática. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas a contém. Leia com toda atenção 2 Tm 3.16-17:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
A pró­pria Bíblia nos adverte com toda cla­reza, sobre esse tempo em 2 Ts 2.3:
“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, “

2. Apostasia como sinal da volta Jesus.

De acordo com a Bíblia, a apostasia é um dos mais for­tes sinais concernentes à volta de Cristo (Lc 18.8; l Jo2.18; 2 Ts 2.7).

a) Super-crentes.

Para que se tenha idéia do alcance da apostasia, vejamos também o que andam en­sinando os falsos mestres e douto­res:

  • “Satanás venceu Jesus na cruz”;
  • “Nunca, jamais, em tempo algum, vá ao Senhor dizendo: Se for da tua vontade… Não permita que essas palavras destruidoras da fé saiam de sua boca”;
  • “Deus precisa receber permissão para trabalhar neste rei­no terrestre do homem… Sim”;
  • “Você está no controle das coisas!”

Infelizmente, há muitos incautos dispostos a aceitar semelhantes blasfêmias. Não nos enganemos: Deus está no controle de tudo e não precisa de permissão humana para atuar, quer na história das nações, quer na vida de cada um de nós. Ele é soberano e tudo tem de ser feito de acordo com a sua vontade. Quan­to ao Diabo, foi este vencido para sempre na cruz. Aleluia!

b) Perdoar a Deus!

Alguns fal­sos doutores chegam ao cúmulo de ensinar que se deve perdoar inclu­sive a Deus, pois, às vezes, Ele não cumpre suas palavras, causando ressentimentos nos que o buscam. Por isso, segundo recomendam, de­vemos submeter-nos à chamada “cura interior” e à “regressão espi­ritual”.

Ora, os tais doutores deve­riam saber que a Palavra de Deus é infalível e que Deus é Santo. Por conseguinte, quem precisa de per­dão e arrependimento é o homem e não o Todo-Poderoso.

Portanto, seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso (Rm 3.4).

c) Culto aos anjos.

Há muitos crentes iludidos adorando os anjos (Cl 2.1 8). Infelizmente, há pregado­res que só iniciam a pregação de­pois de pedir a presença dos anjos e, com isso, iludem os simples. Isso é apostasia!

Os anjos também são servos de Deus; sua missão é atuar em prol dos que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14). E além do mais, recusam adoração (Ap 19.10).

II. HIPOCRISIA E INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL

1. O que é hipocrisia?

Hipo­crisia é “impostura, fingimento, simulação, falsidade, falsa devoção”. “… o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, (…) pela hipocrisia de homens que falam mentiras” (l Tm 4,1, 2a). E quem é o pai da men­tira? É o Diabo (Jo 8.44). Portanto, os mentirosos serão lançados no lago de fogo (Ap 21.8).

a) Lobos fantasiados de ove­lhas.

Os hipócritas aparentam uma coisa, mas são outra (At 20.29,30). Fingem-se de cristãos, mas servem ao Diabo; fingem-se de santos, mas são pecadores inveterados. Estão na igreja, mas não fazem parte da Igreja de Cristo. Suas intenções são malignas.

b) Principais características.

Os hipócritas gostam de ser glori­ficados pêlos homens (Mt 6.2), pois dos homens buscam a glória. Eles contribuem financeiramente, mas não são sinceros para com Deus. Jesus condena os que assim proce­dem (Mt 23.23).

2. O que é insensibilidade espiritual?

O texto bíblico é enfáti­co: “Apostatarão alguns da fé (…) tendo cauterizada a sua própria consci­ência” (l Tm 4.2b). Cauterizar, segun­do o dicionário, é utilizar um meio químico, ou ferro incandescente, para destruir a sensibilidade de um tecido orgânico. Quando a consciên­cia fica cauterizada, o homem  age como os animais, apenas instintivamente.

Conta-se que uma jovem cren­te engravidara-se do namorado. A mãe repreendeu-a, levando o caso ao pastor. Uma irmã, porém, desa­provou aquela mãe: “Você não de­via ter feito isso; bastava encami­nhar sua filha para um aborto e tudo estaria resolvido. O pastor não pre­cisava saber de nada”.

Alguém pode esconder-se do pastor, mas de Deus ninguém se esconde (Sl 139.7-12). Cuidado com o relativismo moral; a Bíblia lida com valores absolutos e inegociáveis: o que é pecado é sem­pre pecado.

III. PROLIFERAÇÃO DA REBELIÃO CONTRA DEUS (2 TM 3.1-9)

1. “Homens amantes de si mesmos”.

 Jesus ensinou que o mai­or dos mandamentos é amar a Deus de todo o coração; o segundo, se­melhante ao primeiro, é amar ao pró­ximo como a si mesmo (Mt 22.35-39). Nestes tempos trabalhosos, po­rém, o amor próprio e egoísta está matando o amor a Deus e ao próxi­mo. Esse tipo de amor nega as ver­dadeiras dimensões do amor cristão.

2. Homens “avarentos” (v. 2).

As Escrituras afirmam que a ava­reza é idolatria (Cl 3.5). O pecado da avareza se manifesta no amor e culto ao dinheiro e ao materialismo (Ef 5.5; l Tm 6.10). Em Romanos l .29, o pecado da avareza é arrola­do juntamente com a prostituição e o homicídio.

Eis porque a Bíblia adverte acer­ca dos falsos mestres que, movidos pela avareza, se utilizam de fábulas engenhosas para auferir lucros e en­ganar a Igreja de Deus (2 Pé 2.3; 1.16). Os falsos mestres e doutores são considerados malditos pela Pa­lavra de Deus (2 Pé 2.14).

3. Homens “presunçosos” (v.2).

Presunção é vaidade. Os pre­sunçosos e ingratos para com Deus agem como Israel: ao prosperarem, dão “coices”; viram as costas a Deus (Dt 32.1 5). Eles passam a agir como se Deus não existisse. Amam mais a vida presente do que os bens eter­nos.

CONCLUSÃO

Nesses tempos trabalhosos, precisamos orar e vigiar com mais seriedade, para que não sejamos tragados pela onda de apostasia e insensibilidade espiritual. Somente com um profundo quebrantamento espiritual, e uma vida sempre re­novada no Espírito (2 Co 4.1 6), po­deremos estar em condições de aguardar a vinda de Jesus de modo santo e de conformidade com a sua Palavra.

2 pensamentos sobre “[Estudo Bíblico] Tempos Trabalhosos para a Igreja

  1. A palavra e boa e de expiracao se guardar-mos a metade deste estudo no nosso coracao estaremos felizes.
    Deus vos abencoe.

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